Se você já ouviu falar de investimentos no Brasil, provavelmente conhece o CDB (Certificado de Depósito Bancário). Ele é daqueles investimentos simples de entender, que agradam tanto quem está começando quanto quem prefere não arriscar muito. Basicamente, é prático, seguro e ainda rende mais que a poupança.
Mas afinal, como funciona o CDB, quais são suas vantagens e riscos, e como escolher o melhor para o seu perfil? Vamos por partes.
O que é CDB?
O CDB é, basicamente, um jeito simples de investir: você “empresta” seu dinheiro para o banco e, em troca, ele te devolve com juros. É um investimento de renda fixa, ou seja, você já sabe que vai ter algum retorno.
Como funciona? Você aplica seu dinheiro, e o banco usa esse valor para suas atividades, como emprestar para outras pessoas ou empresas. Depois, ele te paga de volta com juros, que podem ser prefixados (você já sabe exatamente quanto vai ganhar), pós-fixados (normalmente ligados ao CDI, que varia com o mercado) ou híbridos (uma mistura de IPCA + taxa fixa).
É seguro investir em CDB?
Sim! O CDB é considerado um investimento de baixo risco, porque tem a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Isso significa que, mesmo se o banco tiver problemas, você tem a garantia de receber até R$ 250 mil por CPF, por instituição financeira. Ou seja, é um jeito seguro de investir sem se preocupar demais.
Tipos de CDB
Por rentabilidade
- Prefixado: taxa definida no momento da aplicação (ex.: 12% ao ano). Indicado quando há expectativa de queda dos juros.
- Pós-fixado (CDI): acompanha um índice da economia, geralmente o CDI (ex.: 100% do CDI). Mais estável e previsível.
- Híbrido (IPCA + Juros): combina uma taxa fixa + inflação (ex.: IPCA + 6% ao ano). Protege contra perda do poder de compra no longo prazo.
Por liquidez
- CDB com liquidez diária: permite resgatar a qualquer momento. Indicado para reserva de emergência, mas costuma render menos.
- CDB com vencimento determinado: o saque só é possível na data combinada. Normalmente oferece taxas mais altas.
Vantagens do CDB
- Rende mais que a poupança.
- Proteção do FGC até R$ 250 mil por CPF/instituição.
- Diversidade de prazos e tipos de rentabilidade.
- Pode ser usado para reserva de emergência ou objetivos de médio e longo prazo.
- Simples de investir e declarar no Imposto de Renda.
Desvantagens do CDB
- Incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos (22,5% a 15%).
- Liquidez limitada em muitos casos.
- Rentabilidade depende da taxa de juros.
- Alguns bancos exigem valores mínimos de aplicação mais altos.
Impostos no CDB
Os rendimentos do CDB seguem a tabela regressiva do Imposto de Renda:
- 22,5% – até 180 dias
- 20% – de 181 a 360 dias
- 17,5% – de 361 a 720 dias
- 15% – acima de 720 dias
Esse imposto é retido na fonte, ou seja, você já recebe o valor líquido.
Perguntas comuns sobre CDB
- O que é CDB e como funciona? É um investimento em renda fixa em que você empresta dinheiro ao banco e recebe juros.
- O CDB é seguro? Sim, até R$ 250 mil garantidos pelo FGC.
- Posso resgatar o dinheiro a qualquer momento? Apenas nos CDBs com liquidez diária.
- Quanto rende o CDB? Depende do tipo: prefixado, pós-fixado ou híbrido (IPCA + taxa fixa).
- CDB tem imposto? Sim, conforme a tabela regressiva do IR.
- Qual a diferença entre CDB e poupança? O CDB geralmente rende mais, mas tem imposto e pode ter carência.
- Qual o valor mínimo para investir? Varia conforme a instituição financeira, alguns começam em R$ 1.
Como escolher um CDB
- Verifique a instituição financeira: bancos médios/digitais costumam pagar taxas melhores.
- Analise a liquidez: liquidez diária para reserva de emergência ou prazo fixo para maiores retornos.
- Compare a rentabilidade: prefixado, pós-fixado ou híbrido.
- Avalie o prazo: pense em quando vai precisar do dinheiro.
- Pesquise ofertas em corretoras: muitas vezes há taxas mais atrativas que em bancos tradicionais.
Conclusão
O CDB é um investimento simples, seguro e acessível, ideal para quem busca mais rendimento que a poupança sem abrir mão da proteção do FGC.
- Para reserva de emergência: CDB de liquidez diária.
- Para médio prazo: CDB prefixado ou pós-fixado com prazos maiores.
- Para longo prazo e proteção contra inflação: CDB híbrido (IPCA + juros).
👉 Em outras palavras: o CDB pode se encaixar em diferentes momentos da sua vida financeira, desde a formação da reserva até o crescimento do patrimônio.